quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Riscos do HPV


Tanto os homens quanto as mulheres passaram a iniciar sua vida sexual muito cedo e a ter uma vida sexual mais ativa. Porém, esta intensa atividade pode vir acompanhada de alguns problemas de saúde, que merecem atenção e tratamento adequado.

Entre estas questões encontra-se o HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba diferentes tipos e, por ser transmitido sexualmente, pode provocar o surgimento de lesões genitais de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente do câncer do colo do útero e do pênis, entre outros sinais de baixo risco (não relacionadas ao aparecimento de câncer).

HPV em mulheres
Por ser um vírus que atinge um grande percentual de mulheres, apesar de afetar também os homens, entrevistamos a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo. Nesta conversa, a médica fala sobre o que é o HPV, seus sintomas, porque ele atinge mais mulheres do que homens e os tratamentos para combater este terrível inimigo da saúde íntima.

O que é o HPV e por que é tão perigoso? Meninas também podem desenvolver o câncer no colo uterino devido ao HPV?
É a sigla em inglês para papiloma vírus humano - Human Papiloma Virus. É um vírus transmitido através do contato da pele e, no caso da região genital, transmitido através de relações sexuais e podem causar lesões no pênis, vagina, colo do útero e vulva. Meninas que apresentam o HPV de alto risco podem desenvolver o câncer de colo uterino, apesar de ser raro nesta faixa etária.

As mulheres são mais vulneráveis ao HPV? Em caso positivo, por que?
Em geral, as mulheres apresentam-se mais vulneráveis à infecção pelo HPV por apresentarem variações tanto do ciclo hormonal quanto da imunidade ao longo do mês, diferentemente dos homens. Com isso, apresentam mais chance de contrair a infecção.

O que ocorre quando um indivíduo é infectado pelo HPV? Os sintomas sempre aparecem? Quais são?
Nem sempre os sintomas aparecem naquele momento. O vírus pode ficar incubado e aparecer muitos anos depois. Os sintomas dependem do tipo de HPV que infecta a mulher. As manifestações mais comuns na região genital são as verrugas genitais ou condilomas acuminados, conhecidas como "crista de galo".

Já outras pacientes com lesões subclínicas podem não apresentar sintomas, podendo ter apenas manifestações discretas como corrimentos de repetição, por exemplo. No caso dos tipos de alto risco, o HPV pode causar, a longo prazo, o câncer de colo de útero ou antes disso, lesões precursoras do câncer.

Como o HPV pode provocar o câncer de colo de útero?
O HPV provoca alterações estruturais no material genético da célula do colo do útero e da vulva e com isso causa uma alteração genética chamada atipia que transforma a célula normal em uma célula com potencial de malignidade.

Quanto tempo os sintomas demoram para aparecer?
Dependerá de pessoa para pessoa e da imunidade (defesa do corpo) da mesma.

Em mulheres grávidas, quais os riscos da infecção por HPV?
O risco na mulher grávida, pode ser maior, já que a imunidade da mulher nessa fase da vida é menor. Com isso o risco de contrair a infecção é maior e se a mulher já tiver o vírus, a chance do aparecimento de lesões é maior também.

Como é feito o diagnóstico? Quais são os exames solicitados? E se a menina for virgem e estiver com suspeita de HPV?
As verrugas genitais podem ser encontradas no ânus, no pênis, na vulva ou vagina e podem ser visibilizadas através de exame urológico (peniscopia), ginecológico (colposcopia e vulvoscopia). Já o diagnóstico de suspeita pode ser feito através do exame citológico (exame preventivo de Papanicolaou). O diagnóstico definitivo é realizado através de exames laboratoriais de diagnóstico molecular, como o teste de captura híbrida e o PCR e biópsia da região suspeita. Se a menina for virgem, o HPV externo (de vulva) pode ser diagnosticado sem dificuldades.

Como é feito o tratamento? Quanto tempo dura?
Na maioria das vezes, a infecção é assintomática. Nos casos das verrugas, os tratamentos são realizados através de uso de ácidos no local da verruga, uso de laser ou ainda a retirada cirúrgica apenas. Em alguns casos de HPV em colo de útero, pode ser realizada apenas a cauterização do local. A duração do tratamento depende da extensão do processo e da recidiva da doença.

Como prevenir o contágio?
O uso de preservativos em todas as relações sexuais durante todo o tempo. Nem sempre o homem ou a mulher apresentam lesões visíveis a olho nu. Por isso não se pode bobear.

Poderia falar um pouco sobre a vacina contra o HPV? Como ela funciona? Por que ela gerou tanta polêmica? Ela já pode ser tomada no Brasil? Quem pode tomar?
A vacina foi criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e, assim, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver câncer de colo de útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18).

O impacto real da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas.
A vacina funciona estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo. A vacina pode ser tomada no Brasil e é administrada em 3 doses, com 1, 2 e 6 meses.

Qual o tempo de proteção após a vacinação?
Os estudos atuais estimam o tempo de infecção em 8 anos e meio.

A partir de qual idade, se pode tomar a vacina?
Preconiza-se a aplicação da vacina a partir dos 9 anos de idade.

A vacina está disponível na rede pública de saúde?
Infelizmente, ainda não.

Fonte: Diário da Saúde

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Laqueadura ou Vasectomia: quando é realmente necessário?


Quando você tem a sensação de que a família está completa  e não quer mesmo ter mais filhos os métodos anticoncepcionais e a camisinha se transformam num mal necessário. A solução pode ser a contracepção definitiva, mais conhecida como laqueadura e vasectomia.


Na vasectomia, para eles, o procedimento interrompe a circulação dos espermatozoides produzidos nos testículos para os canais que desembocam na uretra. Isso torna o homem estéril, mas os hormônios continuam sendo produzidos normalmente, sem distúrbios na ereção. A intervenção é simples e pode ser feita em ambulatório, com anestesia local.


Já a laqueadura é um método mais invasivo. Nele, o médico fecha as tubas uterinas da mulher para impedir a descida do óvulo e a subida do espermatozoide. Mesmo assim, trata-se de cirurgia relativamente simples, na qual as trompas são cortadas e suas extremidades amarradas, bloqueando a passagem dos espermatozoides.


Para ter acesso às trompas é preciso abrir a cavidade abdominal, diretamente ou por laparoscopia. Pode ser feita via vaginal também. “As técnicas são diferentes e vão variar de acordo com o treinamento do médico. Pode ser que ele corte as trompas, amarre-as ou corte-as em locais diferentes”, explica o ginecologista Nilson Roberto de Melo, de São Paulo. O percentual de falha nas laqueaduras é de um a cinco para cada mil.


A Lei Federal 9263, de 1996, trata do planejamento familiar e o garante como direito de todo cidadão brasileiro. Segundo a Lei, o Sistema Único de Saúde (SUS) é obrigado a garantir um programa de atenção integral à saúde que inclua, como atividades básicas, a assistência à concepção e contracepção. E isso inclui vasectomias e laqueaduras.


Conforme a Lei, é preciso que a vontade seja manifestada em documento escrito e firmado e, apenas depois de receber informações sobre os riscos da cirurgia, os possíveis efeitos colaterais, as dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes que o médico pode efetuar o procedimento. Em períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores, o direito fica vedado.


Para garantir o procedimento - que é inclusive coberto pelos planos de saúde - é preciso ter 25 anos ou mais ou dois filhos. O médico Nilson Roberto não concorda com a Lei, dizendo que assim, qualquer menina de 19 anos com dois filhos ou mesmo qualquer mulher de 26, sem filhos, pode fazer o processo. “Mesmo que exista a obrigação de esperar pelo menos dois meses entre a manifestação da vontade de fazer e a cirurgia, e de se ter que passar por psicólogos e assistentes sociais, a Lei está toda errada”, critica. Segundo ele, a Lei deveria ser de mínimo de 30 anos e dois filhos por casal.


Tanto o processo feminino quanto masculino é reversível, dependendo, claro, do grau de invasão que cada procedimento tenha efetuado no organismo. O problema é que, conforme bem lembra Hugo Miyahira, vice-presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, as pessoas casam e descasam e, depois querem outro filho mesmo depois da contracepção definitiva.


Ele explica que reversão não é um processo simples. “Quando se faz uma ligadura, por exemplo, a trompa é esmagada, ressecada, cortada. Nós até conseguimos reverter, mas há possibilidade de interferência na função tubária e na condução do ovo”, diz. Isso, segundo ele, pode inclusive acarretar numa gravidez tubária, trazendo risco de morte para a mãe.
“Se uma mulher engravida, após a laqueadura, é preciso que os médicos se certifiquem de onde está o ovo”, indica. Por isso, na hora de tomar a decisão - que pode ser bem emocional - tente usar a razão. Reverter o quadro não é muito fácil.


Fonte: Vila Filhos

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dez incômodos comuns no final da gravidez


Azia, inchaço, prisão de ventre, dor nas costas e tantos outros desconfortos. A lista, nas últimas semanas, é extensa. Saiba como atenuar tanto mal-estar.

Nas últimas semanas de gestação, os pés incham, a dor nas costas se torna insuportável e você não encontra posição nem para dormir. Isso sem contar a azia, os desconfortos intestinais e a dificuldade para evacuar. Essas reações são absolutamente normais nesse período. Mas não se explicam, apenas, pelo aumento de peso do bebê. Conheça suas causas e saiba o que fazer em cada situação.

Inchaço nos pés
O crescimento do útero comprime os vasos sanguíneos e congestiona o retorno da circulação dos membros inferiores para o coração, levando a uma dilatação do sistema vascular periférico. Isso faz com que pernas e pés extravasem líquido para a camada subcutânea, provocando inchaços.

No final da gravidez, esse processo atinge seu auge. Durante a gestação, a mulher tende a reter líquido, o que também contribui para o inchaço nos pés. Para diminuir os edemas, é importante caminhar, ativando a panturrilha e garantindo o bombeamento do sangue. O controle do peso é igualmente recomendável, assim como o uso de meias elásticas, que estimulam a circulação.

Dores nas costas
São inevitáveis e crônicas. À medida que o momento do parto se aproxima, o bebê começa a se encaixar na arcada estrutural da região pélvica e força uma abertura na ligação entre os ossos. As contrações intensificam esse processo e a dor irradia principalmente para as costas. A única forma de amenizar a dor é preparar melhor o corpo para essa situação. Como? Dando a ele mais flexibilidade, o que significa fazer fisioterapia e atividades como hidroginástica e mesmo ioga e pilates. Claro, sempre com aval do médico e a supervisão de profissionais habilitados para isso.

Dificuldade para dormir
Com a proximidade do parto, encontrar uma posição confortável na hora dormir se torna uma tarefa inglória para a mulher. O barrigão atrapalha o sono e a gestante acaba perdendo um tempo precioso de descanso, principalmente quando aguarda filhos gêmeos. A primeira dica dos especialistas é dormir sempre de lado, com um travesseiro entre os joelhos e a barriga bem apoiada na cama, de preferência virada para o lado esquerdo, o que facilita o bombeamento do sangue do coração da mãe para a placenta, evitando o estresse do bebê. Apoiar um travesseiro nas costas também pode melhorar o incômodo. Mas, se ele prosseguir, vale a pena adquirir um travesseiro triangular, em forma de rampa, que apoia a mulher desde o dorso até a cabeça. Ele melhora a sensação de falta de posição.
 

Azia
O crescimento do volume da placenta eleva o músculo do diafragma e diminui a capacidade de reserva do estômago. Paralelamente, as alterações hormonais da gravidez provocam o relaxamento da válvula que controla a passagem de alimentos entre o esôfago e o estômago. O resultado é o aumento do refluxo do conteúdo estomacal para o esôfago, a famigerada azia. Para evitar essa queimação, a principal dica é comer menos e com mais frequência, o que significa pelo menos seis vezes por dia. É recomendável ainda mastigar muito bem os alimentos, evitar misturar líquido enquanto come e nunca deitar após as refeições. Fuja também de frituras e doces – prefira alimentos frescos e integrais. Se o refluxo noturno for muito intenso, providencie um apoio para permanecer com o corpo reclinado e a cabeça levemente suspensa durante o sono.

Câimbras
A ação hormonal e a compressão do sistema vascular por onde retorna o sangue das partes baixas favorecem o surgimento das câimbras, principalmente pela manhã. A dilatação dos vasos periféricos e a diminuição do fluxo sanguíneo comprometem a oxigenação dos músculos das pernas, e isso leva a dormências e câimbras. Além de meias elásticas, os exercícios físicos melhoram o fluxo de sangue.

Falta de ar
Além do estômago, o aumento do tamanho do bebê também comprime o pulmão e reduz a capacidade respiratória da mulher, o que pode levar a eventuais crises de falta de ar. No final da gravidez, o segredo é coordenar a respiração diante de esforços maiores, inspirando e expirando com mais frequência e menos profundidade. O controle de peso também é fundamental. Treinos de respiração em aulas de ioga, meditação e similares também podem ser muito proveitosos.

Hemorroida
As hemorroidas são varizes no ânus, que podem causar desde coceira e queimação até inchaço e dor. E a dilatação de veias nessa região é mais frequente no final da gestação. Algumas mulheres têm predisposição, anunciada pelas varizes em suas pernas ou nas de sua mãe. Mas a gravidez contribui para o aparecimento de hemorroidas também por motivos anatômicos e hormonais.

A compressão circulatória causada pela expansão do útero favorece a dilatação dos vasos, enquanto a descarga hormonal pode levar à prisão de ventre. Essa situação cria dificuldades de evacuação e precipita dilatações vasculares no chamado plexo hemorroidário. Para amenizar seus efeitos, não se deve nunca forçar a evacuação. Também é importante fazer atividade física para melhorar a circulação e se alimentar de forma equilibrada, bebendo bastante líquido e ingerindo produtos ricos em fibras, como vegetais. Em casos mais graves, o médico pode tratar tanto a prisão de ventre como as hemorroidas em si.

Prisão de ventre
É um problema que acompanha a mulher principalmente na reta final da gestação. A descarga hormonal deixa o intestino preguiçoso por causa do relaxamento muscular, o que desfavorece o chamado movimento peristáltico. O crescimento do útero também pode reduzir a velocidade do fluxo do alimento no intestino. O resultado é que as fezes demoram mais até chegarem a seu destino e acabam se ressecando, o que caracteriza a prisão de ventre. O segredo para evitá-la é ingerir bastante líquido e alimentos ricos em fibras. O exercício físico também é altamente recomendável. Em situações mais críticas, seu médico pode prescrever alimentos ou medicamentos laxativos.
Tontura e sonolência
A compressão provocada pelo útero impede o retorno venoso das partes baixas e os hormônios favorecem a dilatação periférica vascular. Isso derruba a pressão sanguínea e pode causar falta de oxigenação em várias regiões. Se o prejudicado for o sistema nervoso central, a gestante pode sofrer tonturas.

Para prevenir essa situação, a recomendação é usar meias elásticas e ingerir muito líquido. Já a sonolência tem a ver também com questões hormonais próprias da gravidez, mas principalmente com a privação das oito horas recomendadas de sono por noite. A dica aqui é fazer o possível para dormir mais, o que inclui atividade física regular.
 
Incontinência urinária
No final da gravidez, o útero invade parte do espaço da bexiga e diminui sua capacidade de armazenamento de urina. Resultado: a mulher tende a ir mais frequentemente ao banheiro e, muitas vezes, nem consegue segurar.


Ações hormonais também podem tanto reduzir a capacidade funcional da bexiga como levar à frouxidão muscular na região pélvica, causando uma perda urinária involuntária. Em geral, é um problema que costuma sumir semanas após o parto. Uma dica para prevenir é fazer fisioterapia, que fortalece os músculos pélvicos, sob a orientação de uma especialista.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Parto Normal, mais segurança para a mãe e o bebê


São nove meses de expectativa! Durante a gestação, a barriga cresce e a mãe se prepara para o nascimento da criança. Nas consultas de pré-natal, ela obtém informações sobre um parto seguro. É a oportunidade de confirmar que, embora a cesariana seja indicada em determinados casos, o método natural continua sendo a melhor forma de dar à luz. Mesmo assim, o País registra muito mais cesarianas do que os 15% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A taxa nacional é de 39% e em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste esse índice é superior a 40% - segundo dados de 2002 do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc).

Os benefícios do parto normal são inúmeros, tanto para a mãe como para seu bebê. Vão desde uma melhor recuperação da mulher e redução dos riscos de infecção hospitalar até uma incidência menor de desconforto respiratório do bebê. A técnica do Programa Nacional de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Daphne Rattner lembra que a cesariana também pode interferir no vínculo estabelecido entre a mãe e o filho durante o parto. Se, logo após o parto, o neném é acolhido e abraçado pela mãe, nesse momento se estabelece o vínculo maternal, observa Daphne. Após a cirurgia, pegar o neném no colo é dolorido e, como o bebê geralmente é levado para observação, a instalação do vínculo pode demorar mais, completa.


Na cesariana, também é mais frequente a ocorrência de infecção e hemorragias, além da possibilidade de laceração acidental de algum órgão, como bexiga, uretra e artérias, ou até mesmo do bebê, durante o corte do útero. A gestante pode, ainda, ter problemas de cicatrização capazes de afetar a próxima gravidez. A frequência dessa cirurgia também limita a possibilidade de opção pelo número de filhos. Nenhum médico deixaria uma mãe chegar a realizar seis cesarianas; geralmente as mães são esterilizadas após a terceira cirurgia, assinala Daphne.


A incidência de morte materna associada à cesariana é 3,5 vezes maior do que no método natural. Os riscos são inerentes à própria cirurgia, a começar pela anestesia, em que a possibilidade de uma reação é imprevisível, afirma a técnica da Saúde da Mulher.
As vantagens do parto normal se estendem ainda à questão financeira. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o método natural custa R$ 291 e a cirurgia cesariana, R$ 402. No caso dos hospitais privados é mais difícil dimensionar essa diferença, uma vez que o valor de cada tipo de parto varia de acordo com a diária hospitalar cobrada. Há, ainda, o custo do tratamento das complicações, bem mais frequentes no parto operatório.

Indicações

Existem indicações absolutas e relativas para a realização da cesárea. Trata-se de um procedimento importante para salvar a vida da mãe e do bebê quando uma delas - ou as duas - está em risco. As indicações absolutas mais tradicionais são: desproporção céfalo-pélvica (quando a cabeça do bebê é maior do que a passagem da mãe); hemorragias no final da gestação; ocorrência de doenças hipertensivas na mãe específicas da gravidez; bebê transverso (atravessado); e sofrimento fetal. A ocorrência de diabete gestacional, ruptura prematura da bolsa d'água e bebê com trabalho de parto prolongado são consideradas indicações relativas para a cesariana.


O Ministério da Saúde acrescentou, recentemente, outra indicação para essa cirurgia. É o caso de gestantes portadoras do vírus HIV. A cesariana passou a ser agendada nessas situações porque se descobriu que a hora do parto é o momento de maior troca sanguínea entre a mãe e o bebê. Dessa forma, a cirurgia programada reduz os riscos de transmissão do vírus.

Prematuridade

A prematuridade iatrogênica - quando se agenda uma cesariana por supor que o bebê está maduro, mas ele nasce prematuro - é uma das grandes preocupações do Ministério da Saúde. O que assusta é o alto índice de casos nos hospitais privados, em que as cesáreas são agendadas por conveniência. Para evitar a prematuridade iatrogênica, sugere-se que mesmo que seja programada uma cesárea desnecessária, a mãe espere entrar em trabalho de parto, pois esse seria um sinal de que o bebê está pronto para nascer.


Segundo pesquisa realizada no Rio de Janeiro e publicada em 2004, há uma maior incidência de partos normais nos hospitais públicos do que nos conveniados ao SUS ou privados. Há muitos casos de mulheres, com poder aquisitivo alto, que agendam uma cesariana acreditando fazer o melhor para seus filhos, observa Daphne. Caso nasça prematuro, o bebê é encaminhado para a UTI neonatal. O bebê sai da mãe, a melhor incubadora em que poderia estar, para uma incubadora mecânica, onde se exporá aos riscos de infecção e problemas respiratórios.

Ministério combate mito de uma vez cesárea, sempre cesárea

No Brasil, existe o mito de que após a realização de uma cesárea as mulheres não podem ter um parto normal. Isso ocorre pela falta de informação, tanto das gestantes quanto de profissionais de saúde não treinados para acompanhar um parto normal em mulheres que já tenham passado por essa cirurgia.


Já existem estudos comprovando a possibilidade de ter filhos pela via vaginal nesses casos. O que não se recomenda é induzir o parto. Ou seja, usar alguma substância, geralmente a ocitocina, para acelerar o trabalho de parto, aumentando a força das contrações e diminuindo os intervalos entre elas.


Finalmente, é importante deixar que a natureza comande o processo de parir e de nascer, respeitando a forma natural. O corpo da mulher tem um conhecimento intuitivo de como ter filhos, e a forma natural de parir pode ser muito gratificante para a mãe e seu bebê, conclui a técnica do Programa Nacional de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde Daphne Rattner.

sábado, 5 de maio de 2012

Embolização de Miomas Uterinos, como é feita?

O mioma uterino ainda é um dos problemas que mais acometem as mulheres. As estatísticas médicas revelam que 50% das mulheres têm ou terão miomas em algum período de suas vidas.


Como é feita a embolização do mioma uterino? Como o mioma é "alimentado" por sangue, o corte desse suprimento leva à morte dos tumores. A técnica da embolização uterina é minimamente invasiva, realizada sob anestesia local e não precisa de pontos, pois não são feitos cortes.

Na região da virilha, onde passa a artéria femoral, o radiologista intervencionista faz um pequeno furo, de no máximo 2 milímetros, por onde é introduzido um cateter. Guiado por um equipamento de radiologia digital com alta definição de imagem, o especialista conduz o cateter até a artéria que leva sangue ao útero.



Pelo cateter são injetadas micro partículas esféricas de uso biológico, que vão obstruir essas artérias e interromper o fluxo sanguíneo que alimenta o mioma.

Desta forma, o mioma tende a diminuir e os sintomas são eliminados. Após dois ou três ciclos menstruais, a paciente volta a menstruar normalmente.

     

Através da embolização o médico elimina facilmente o tumor, sem agredir o paciente e sem deixar grandes cicatrizes que possam comprometer a estética feminina.






Cuidados Intimos da mulher


A região intima da mulher merece um cuidado especial, principalmente quando está calor ou a mulher menstrua, já que o ph da vagina pode ser alterado e isso trás problemas para ela.



De alguns anos até hoje, as empresas começaram a investir em linhas completas para a higiene intima da mulher. O sabonete íntimo ajuda a manter o ph da vagina ácido e limpa todas as impurezas que possam causar alergias ou corrimentos. Mas é preciso ter cuidado na hora de comprar qualquer sabonete intimo.

Geralmente deve-se consultar um ginecologista antes para saber o mais indicado para você.
Essa preocupação é pelo fato de que o sabonete íntimo tem o ph ácido, parecido com a da vagina da mulher. Porém algumas mulheres tem o ph na vagina diferente, ou seja, tem ph básico e usar um sabonete com ph ácido pode ser prejudicial, já que matará as bactérias que protegem a região.

Mesmo que a mulher use o produto com recomendação médica, é sempre aconselhável que ela fique atenta a coceiras, irritações e até mesmo corrimentos. Isso pode ser sinal de que algo não está bem e o problema pode ser o sabonete íntimo.

O uso exagerado de absorventes íntimos diários ou os famosos protetores de calcinha também nem sempre são indicados pelos ginecologistas, já que os mesmo impedem a ‘transpiração’ natural da região genital feminina, podendo provocar corrimentos e alergias. Lembre-se sempre que para tirar todas as suas dúvidas nada melhor do que uma consulta com o seu ginecologista de confiança!




Dicas para Saúde Íntima:
- Não depile totalmente as regiões da vulva e do ânus para não deixa-las sensíveis.
-Lavar a região genital antes e depois de ter relações sexuais.
- Não usar absorventes diariamente, a não ser durante o período menstrual.
- Lavagens internas devem ser evitadas pois prejudicam a defesa natural da região.
- Prefira usar calcinhas de algodão para a região genital respirar.
- Evite o uso de calças jeans justas.
- Sempre que possível durma sem calcinha.


Fonte: Toda Você

terça-feira, 3 de abril de 2012

Tipos de miomas

Tipos de Miomas: Mioma subseroso,  Mioma intramural, Mioma submucoso, tipo 1 e tipo 2

Existem 3 tipos de mioma uterino e eles podem desenvolver-se dentro, fora ou ao redor do útero, e alguns podem ainda surgir também no colo do útero.
Entenda os três tipos de mioma:

Mioma subseroso - está localizado na porção mais externa da parede uterina, chamada de serosa. Esse tipo de mioma não costuma apresentar sintomas, exceto quando atinge grandes volumes, podendo causar compressão dos órgãos adjacentes.

Mioma intramural - nasce e permanece na parede uterina. Em geral, os sintomas aparecem quando o tumor aumenta de tamanho e atinge a cavidade uterina causando sangramentos ou compressão dos órgãos adjacentes, como bexiga e intestino. Além disso, o mioma intramural pode distorcer a cavidade uterina causando a infertilidade. Quando o mioma intramural cresce demais, ele pode atingir tanto a cavidade uterina quanto a parte mais externa do útero. Neste caso, eles podem ser chamados de mioma transmural.

Mioma submucoso - localiza-se mais próximo da cavidade uterina, sendo o tumor ginecológico mais frequentemente diagnosticado na mulher. Apresenta toda ou alguma parte da lesão se desenvolvendo para dentro da cavidade uterina. Sangramento uterino anormal e dor pélvica são os sintomas mais comuns, principalmente nas lesões de localização submucosa. Infertilidade e abortamento de repetição podem também ser causados por este tipo de lesão.

Eles podem ser classificados em 3 tipos: subserosos, intramurais ou submucosos. Os submucosos são os que mais interefrem na infertilidade e nos distúrbios da menstruação, mas somente 5% das mulheres o possui.
A maioria das mulheres com mioma uterino não apresentam nenhum sintoma relacionado. Caso note alguma alteração como um sangramento menstrual anormal, sensação de pressão ou dor no baixo ventre ou sentir que as calças estão ficando mais difíceis de apertar, procure um ginecologista.
Os miomas grandes (com mais de 7mm) podem causar dor na relação sexual e cólicas, podem pressionar os órgãos pélvicos e um dos sintomas é o aumento da vontade de urinar, pela pressão feita na bexiga. 
Assista o vídeo abaixo:




Fonte: henriqueelkis.com.br/tipos_miomas.asp| Tua Saúde