quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dia 29 de Setembro Dia do Rosa Prevenção do Câncer de Mama

O Dia Rosa, comemorado dia 29 de setembro em todo mundo, chama a atenção para a prevenção do câncer de mama, que é a doença que mais mata mulheres no Brasil - mais 10 mil óbitos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Então vamos saber as causas, tratamentos e a prevenção deste câncer que atinge tantas mulheres.

O que causa o câncer de mama?

O câncer não está associado a uma única causa, uma vez que existem alguns fatores que aumentam o risco do desenvolvimento da doença em mulheres: primeira menstruação muito cedo, primeira gravidez e amamentação após os 30 anos, hábitos de vida (fumo, álcool, sedentarismo etc.), histórico de câncer em familiares de primeiro grau (mãe, irmã e filha), menopausa muito tarde e terapia de reposição hormonal por um longo período.


Quais são os sintomas da doença?

Os principais sintomas são nódulos (caroços) nas mamas e na região das axilas, alteração na forma e tamanho dos seios, alterações na pele e secreção pelo mamilo.

O câncer de mama tem cura?

Sim. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, mais chances há de cura. Por isso é importante realizar regularmente os exames.

Fatores de Risco

  • Idade acima de 50 anos
  • História própria ou familiar de câncer de mama
  • Não ter filhos
  • Exposição significativa a raio X
  • Primeira menstruação cedo
  • Menopausa tardia
  • Classe socioeconômica alta
  • Primeira gestação após os 30 anos
  • Dieta rica em gorduras
  • Uso prolongado de anticoncepcional oral (ainda é discutível)


  • Os tipos de câncer de mama:

    O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.

    Com que freqüência devem ser feitos os exames de rotina?

    Todas as mulheres devem ir ao médico uma vez por ano, mesmo aquelas que não mantêm uma vida sexual ativa. Aos 40 anos deve ser feita a primeira mamografia. Daí em diante até os 50 anos, o médico determinará a frequênciada da mamografia de acordo com as particularidades de cada paciente. Já após os 50 anos, todas as mulheres devem fazer a mamografia anualmente. O autoexame deve ser realizado por mulheres de todas as idades.

    Tratamento para o câncer de mama:

    Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.

    Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.
    As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
    Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.

    Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona).

    O autoexame é suficiente para detectar o câncer?

    Não, mas ao observar e apalpar as mamas regularmente você fica alerta. A partir dos 18 ou 21 anos o autoexame deve ser realizado sempre. Faça o autoexame 7 (sete) dias depois do início da sua menstruação. Caso você note alguma alteração, procure imediatamente seu médico.

    Como o médico faz esse exame?

    O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
    A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações são essas.
    Esses exames, quando realizados anualmente ou mais freqüentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
    Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.

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