Não há estudos científicos suficientes para definir as doses adequadas.
Grávidas só podem tomar adoçante em casos específicos e com
restrições.
O ginecologista Luiz Ferraz de Sampaio Neto, da Faculdade
de Ciências Médicas e da Saúde de Sorocaba, explica que faltam estudos
científicos suficientes que definam as doses adequadas ou quais são os efeitos
do uso de adoçantes durante a gravidez. “Aparentemente, o uso em pequenas
quantidades seria seguro, especialmente para aquelas que precisam controlar
melhor o ganho de peso”, afirma.
A geneticista Debora Rodrigueiro, professora do departamento de Morfologia e
Patologia da PUC-SP, também ressalta que o uso de adoçante na gestação deve
ficar limitado às grávidas que precisam de maiores cuidados no controle de peso
e às que são diabéticas. Mesmos nesses casos é preciso recomendação médica, pois
nem todos os produtos são indicados para gestantes. “Baseado nas evidências
atualmente disponíveis, deve-se dar preferência ao aspartame, sucralose,
acessulfame-K e a estévia”, afirma Debora Rodrigueiro.
Todos estes adoçantes citados pela especialista também são considerados
seguros para as gestantes pela FDA (Food and Drug Administration, órgão
norte-americano que regulamenta alimentos e remédios). Mesmo assim, é preciso
avaliar cada caso individualmente, já que alguns dos produtos podem ser
contra-indicados em situações específicas. O médico nutrólogo José Alves de
Lara, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), lembra que
o aspartame, por exemplo, já não pode ser consumido por pessoas que sofrem de
fenilcetonúria, uma doença metabólica em que o organismo não consegue processar
o aminoáciodo fenilalanina.
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