Grávidas devem evitar carne mal-passada. O risco de
contaminações, principalmente de toxoplasmose, deixa os especialistas em alerta
em relação a este hábito. “Esta é uma recomendação popular comum para combater a
anemia, mas não deve ser seguida. A carne mal passada pode transmitir infecções
e parasitoses perigosas para a mãe e para o bebê”, afirma a nutricionista da
Universidade Federal de Pelotas (RS), Carla Alberice Pastore.
A especialista Debora Rodrigueiro, do departamento de Morfologia e Patologia
da PUC-SP, reforça que o parasita que transmite a toxoplasmose pode ser
encontrado em carne mal cozida, ovos crus e leite não pasteurizado. “Para o
adulto, os sintomas são imperceptíveis, mas o parasita é capaz de atravessar a
placenta. Se o feto for infectado, desenvolverá toxoplasmose congênita”,
explica. Os bebês que adquirem a toxoplasmose congênita não apresentam alteração
no nascimento, no entanto, mais de 90% desenvolvem problemas de cegueira,
surdez, e atraso de desenvolvimento, meses ou até anos depois.
Para o médico ginecologista e obstetra da Faculdade de Medicina da USP,
Roberto Eduardo Bittar, assim como para a professora do Departamento de
Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), Cláudia
Garcia Magalhães, o alimento deve ser evitado principalmente por mulheres que
são suscetíveis a toxoplasmose, ou seja, nunca tiveram contato com o parasita.
Isso você descobre por meio de um exame de sangue que deve ser feito
preferencialmente antes da gestação.
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